UM SONHO
Fagner Roberto Sitta da Silva
Um sonho sempre antigo rompe a treva
onde repousa toda nostalgia,
sua imagem azul que o tempo leva
e que é feita da luz de cada dia.
Silêncio sobre tudo, e não se eleva
como as asas guardadas da magia
de uma ave recolhida enquanto neva
e que aguarda passar a noite fria.
Lá fora, apenas o cantar do vento
que segue balançando as formas nuas
das galharias contra o céu medonho.
Talvez tudo isso seja o pensamento
e não o vento percorrendo as ruas
do que penso ser real e não um sonho.
03/07/2014
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