ARTEFACTO

Ainda a pouco, toquei um sorriso...

Que remanesceu na palma da minha mão,

Dum jeito tão leve...mas num toque preciso...

Senti aquecer o frio do meu coração.

Num breve roçar com a polpa dos dedos...

Também deslizei...por recentes desejos,

Torci as lembranças num peito constrito

Segui no silêncio...a mercê dum abrigo...

Ouvi a esperança fazendo barulho,

Mero artefato da fria solidão!

Mas me desviei dum caminho obscuro,

Ao recuperar... a plena convicção!

Abri minhas garras e soprei ao destino...

O que nunca coube...na palma da minha mão.