Melhor do que?

Eu choro quando vejo esse meu povo,

Deitado em corredores de hospitais.

É um choro de tristeza, revoltoso,

Diferente do choro dos demais.

Pois todo esse delírio, esse ufanismo,

Afronta, esbarra em nossa realidade:

Não se pode vencer no desportismo,

Se nós perdemos pra desigualdade.

Uma verdade exponho e me aprofundo:

Enquanto os hospitais dessa nação,

Não atender um pobre moribundo,

Morrer desassistido um cidadão,

Meu povo não será: “melhor do mundo!”

Nem meu país será: “O campeão!”

Hélio Cabral Filho
Enviado por Hélio Cabral Filho em 30/06/2014
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