Melhor do que?
Eu choro quando vejo esse meu povo,
Deitado em corredores de hospitais.
É um choro de tristeza, revoltoso,
Diferente do choro dos demais.
Pois todo esse delírio, esse ufanismo,
Afronta, esbarra em nossa realidade:
Não se pode vencer no desportismo,
Se nós perdemos pra desigualdade.
Uma verdade exponho e me aprofundo:
Enquanto os hospitais dessa nação,
Não atender um pobre moribundo,
Morrer desassistido um cidadão,
Meu povo não será: “melhor do mundo!”
Nem meu país será: “O campeão!”