MANHÃ DE SOL
Abri a janela, deixando o sol entrar.
De repente, tudo se irradiou iluminado
por raios multicoloridos num festejar
de luz, por aquele sol ter chegado.
Quis aprisionar um pequeno raio na mão
mas ele se desfez, na sombra se apagou.
Não se prende o sol, tentativa em vão.
Deixei-o então nas résteas de luz que gerou
nos móveis, paredes, quadros apagados
que ganharam vida e cor na nitidez.
Parecia outro lugar, ficaram afagados
por aquele brilho repentino e estelar.
Até meu coração se iluminou talvez
por causa do sol que ali deixei entrar!