ETERNA SAUDADE

Tu me deixastes muito pequenino,

Em sombria manhã do mês de janeiro.

Partistes para sempre, e eu um menino

Corri chorando pelo nosso quintal inteiro.

Não entendi porque perdia o teu regaço,

Quando mais precisava de teu amor e zelo.

Corri a vida toda pelo último abraço

Que me deixastes, sem nunca recebê-lo.

Na minha vida sempre tive a esperança

De encontrar-te um dia na eternidade.

E entre dias de bonança e intemperança,

Chorei por toda vida minha dorida orfandade.

Na eternidade eu irei chegar e, como criança,

Te levarei o abraço e minha eterna saudade.

bangusca
Enviado por bangusca em 14/05/2007
Reeditado em 31/01/2017
Código do texto: T486375
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