ETERNA SAUDADE
Tu me deixastes muito pequenino,
Em sombria manhã do mês de janeiro.
Partistes para sempre, e eu um menino
Corri chorando pelo nosso quintal inteiro.
Não entendi porque perdia o teu regaço,
Quando mais precisava de teu amor e zelo.
Corri a vida toda pelo último abraço
Que me deixastes, sem nunca recebê-lo.
Na minha vida sempre tive a esperança
De encontrar-te um dia na eternidade.
E entre dias de bonança e intemperança,
Chorei por toda vida minha dorida orfandade.
Na eternidade eu irei chegar e, como criança,
Te levarei o abraço e minha eterna saudade.