DESENLACE DA ALMA

Antes da inércia na frieza da cova escura,

Já sei da morte como passagem natural;

Cuido da melhoria da alma ainda impura;

O umbral faz parte do meu avanço moral.

No ensaio diário de minha morte carnal,

Entrevejo em sonho uma vida de ventura;

A certeza da alma em sua vida espiritual;

O voo da vida real numa elevada altura.

A morte, assim, poderá ser boa ou ruim,

Conforme o estado de desenlace da alma;

Se ela cultiva o amor, o bem, será calma;

Um anjo poderá recebê-la tocando clarim;

Se ela cultiva o ódio, o mal, será incalma;

Mas Deus destina à alma o paraíso, enfim!

Adilson Fontoura
Enviado por Adilson Fontoura em 27/06/2014
Código do texto: T4860506
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.