Diante de uma fogueira de são joão
Ecoa silenciosa, minha solidão
pelo piso de tacos de madeira
e meu lamento, sem razão
estala, como as brasas da fogueira
Tomo mais um gole de cachaça
que me sobe e desce na garganta
misturado ao gosto da fumaça
que da madeira rubra se levanta
Aqui estou, de orgulho espatifado
e minha mais recente amante
já não quer estar ao meu lado
Aqui estou, e estarei, doravante
completamente embriagado
até que um novo sol se levante