SEGREDO DA ESFINGE
Deixa-me abraçar-te ternamente, demoradamente,
Sei que não posso, não devo, não me é permitido
Abraçar-te como sonho, como desejo abraçar-te,
De modo desmedido, ou apenas apaixonadamente.
Deixa-me olhar-te bem de perto, demoradamente,
Em silêncio, sentar-me ao teu lado, sem palavras .
Apenas olhar-te assim de perto, sem amarras, sem
Marras, apenas olhar-te e olhar-te suavemente .
Aceito a realidade, de esconder-te este sentimento,
Tão nobre sentimento, mas que dito neste contexto,
Perde o doce e pode ser entendido como violento.
A circunstância exige que seja oculto, que eu o guarde
muito bem, que eu finja ,não deixe que vejam o vulto .
Que o guarde as sete chaves, como o segredo da esfinge.