Foi o vento

O vento brincalhão, que tudo leva,

Num dia de assombrosa calmaria

Surgiu me oferecendo companhia,

Trazendo mais um sopro de reserva.

Entrou pela janela, a sua serva

Que vive do assovio que ele assovia,

Levou da minha mão a poesia

Que havia colocado de conserva.

Soprou por toda casa, todo vão,

Varreu os teus sinais que viu no chão,

Depois me sacudiu, me revirou.

Então se tu voltares algum dia

E não mais encontrares poesia,

Desculpa, foi o vento que levou.

Alex Olliveira
Enviado por Alex Olliveira em 24/06/2014
Reeditado em 18/01/2016
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