OS SONHOS MORTOS
Fagner Roberto Sitta da Silva
O sonhos mortos... Onde irei guardá-los
depois do muito anseio de sonhar
com países e barcos a cruzar
águas como marítimos cavalos?
São corpos de afogados a boiar
sem rumo e sem roteiro, com cabelos
misturados às algas: pesadelos
de marujos perdidos no algo mar.
Tudo mudando pelo tempo solto
com o vento correndo em céu revolto
sobre as velas buscando antigos portos.
Em nosso ser a grande solidão
e a longa espera dessa embarcação
que virá recolher os sonhos mortos.
23 de junho de 2014.
Publico aqui a bela interação feita pela poetisa Adria Comparini. Agradecido amiga pelo soneto e pelas palavras!
Rainha da Compaixão
Adria Comparini
Vem na bela e grande embarcação...
Aquela que todos esperam ansiosos
Vai libertar dos sonhos desastrosos,
Rainha e mãe; toda compaixão.
Ela vem envolta em comiseração,
Pois seu sorriso é doce e amoroso,
E seu mister é sempre zeloso,
Iemanjá é força na tribulação.
Uma Miríade de anjos auxilia,
Eles vem resgatar os marinheiros,
Perdidos ali, no fundo do mar.
E com uma espécie de magia,
Ela os faz vivos, inteiros,
Renascem do sonho, à beira-mar!