Atalaia
A madrugada tem as horas minhas,
No qual eu fico totalmente sozinho,
Isolado como um pássaro no ninho,
E assim fico traçando novas linhas.
São horas que reafirmo o caminho,
Buscando forças para novas rinhas,
E tento andar pelas ervas daninhas,
A escapar de um qualquer espinho.
Ser um notívago há suas vantagens,
Se estou sóbrio parece tudo calmo,
O tempo finge parar suas contagens.
Assim vou seguindo palmo a palmo
Pelas madrugadas em novas viagens,
Livre para declamar um bom salmo.