Teu sabor inebriante
Ah, como queria agora não estar ébrio, sentido tardio,
A cabeça voluteando talvez neste derradeiro copo,
A mirar absorto as formas e contorno de teu corpo,
Que se reproduz a minha frente como em fila, vazio.
A cada um dos goles deste néctar que absorvo triste,
Sinto teu ora doce ou amargo sabor irradiar pela boca,
Descer pela garganta e explodir no peito, sensação louca
De delírios a inebriar o pensamento, mantido em riste.
Constrito, observo e analiso tua cor, teu sabor, teu cheiro,
Faço-te girar em minhas mãos, devassando tua intimidade,
Espargindo pequenas gotículas que escapam neste entrevero,
Que atento contenho com cálidos beijos sugados no linho,
E que concluo que ficas bem melhor com o passar da idade,
Que nada substituirá, em uma tarde, o sabor de um bom vinho.
Ah, como queria agora não estar ébrio, sentido tardio,
A cabeça voluteando talvez neste derradeiro copo,
A mirar absorto as formas e contorno de teu corpo,
Que se reproduz a minha frente como em fila, vazio.
A cada um dos goles deste néctar que absorvo triste,
Sinto teu ora doce ou amargo sabor irradiar pela boca,
Descer pela garganta e explodir no peito, sensação louca
De delírios a inebriar o pensamento, mantido em riste.
Constrito, observo e analiso tua cor, teu sabor, teu cheiro,
Faço-te girar em minhas mãos, devassando tua intimidade,
Espargindo pequenas gotículas que escapam neste entrevero,
Que atento contenho com cálidos beijos sugados no linho,
E que concluo que ficas bem melhor com o passar da idade,
Que nada substituirá, em uma tarde, o sabor de um bom vinho.