TANTAS MUSAS

Está na essência que habita a tua alma,

Te compadece das criaturas com amor,

Tratando a todos como fossem uma flor,

Do jardim sempre aspirante desta calma.

São tantas musas que freqüentam tua sala,

Com todas elas tu fostes contemplativo,

Não permitindo ao ciúme ser destrutivo,

E contaminar todo este imenso relicário.

Versos de amor tem em ti um proletário,

Um exímio contemplador do bel prazer,

E as doces palavras tu usastes para dizer.

Quanto que é fértil teu querer imaginário,

Não há um só dia em que sejas necessário,

Te abster-se deste sentir amplo e lendário.

LUSO POEMAS 22/06/14