DESCOBERTA

Crer, descrer... Viver constantemente em descoberta

Ser ao sol em luzes... As manhãs sem ter a pressa

Ao luar da noite... Que ao sereno faz promessa:

Um portal mantendo sua porta sempre aberta...

Ver assim entrar, uma luz branda em mim, há! Essa

Paz enfim... Da guerra a bastarda filha, desperta

Sim, que era a mais das desejadas mil ofertas

Véu em luz se via... Ao céu coberto que confessa:

Eu estou aqui desde os meus séculos infindos

Dos confins de mim a ofertar serena paz

Em dias e noites, tão sutis, sem pares... Lindos...

E no Homem vejo em seu semblante, tudo jaz...

Ao revés, ao chão, vai pelo mundo iludindo

Seu viver... E o bem em paz, espera contumaz...

Autor: André Pinheiro

08/04/2014