TEMPESTADE SEM BONANÇA
Como é sórdida esta maldita inversão,
Tudo ocorre sem a nossa concordância,
Machucamos de morte o nosso coração,
Com revoltas tempestades sem bonança.
Prossegue a vida o rumo que lhe pertence,
Sem uma consulta nem avisos precatórios,
As belezas nos são inúmeras e pertinentes,
Trazem juntas o padecer da nossa historia.
É impossível a esquecer-te um só instante,
Mal logrado é eu desejar-te intensamente,
Os desencontros construíram nossas pontes.
Os cata-ventos são acionados aleatoriamente,
Mas perfazem um sentido equânime coerente,
Bem diferente do que ocorre em relação gente.
Luso poemas 24/10/13