FLOR DE MAIO

Não faça deste ano mais um terreno árido,

onde as minhas raízes não encontram água,

veja-se livre dos desenganos cálidos,

o tempo que não estanca minha mágoa!...

Deixa que eu encontre o chão que me falta,

e acalente o desmaio das tardes ardentes,

que sejas tu na embriagues das horas altas,

rara flor de maio, o meu maior presente!...

Porque sem vibrar em mim a sua existência,

não serei ninguém, como não fui até agora,

e todas as minhas vidas seriam em vão,

e se não valer ao menos uma delas, em essência,

faço minhas malas e de imediato vou embora,

para deixar que morra só esse teimoso coração!...

Joel A Silva
Enviado por Joel A Silva em 19/06/2014
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