À LUZ DA VELA
Odir Milanez
Vela, uma vela, a minha noite insonte.
No travesseiro frio enfio a face
à falta de seu braço que me abrace
ou das coisas de amor que ela me conte.
Além da vela, o breu é o horizonte
dos olhos meus, da vida no repasse.
De seu lume o fumego faz fugace
formato de seu corpo a mim defronte.
Escuto os passos seus em meio ao luto
das lâmpadas sem luz. Chego à janela.
Mesmo sem ver seus passos, perto a escuto.
Gira a grade nos gonzos. À voz dela,
abro a porta aos beijos. Num minuto,
ela me acende o amor e apago a vela!
JPessoa/PB
17.06.2014
oklima
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Sou somente um escriba
que escuta a voz do vento
e versa versos de amor...
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