PRETÉRITO PERFEITO

Fagner Roberto Sitta da Silva

Quem sabe pelo tempo já desfeito

eu possa caminhar impunemente

como alguém que desliza sobre um leito

ou no tapete mágico da mente?

Quem sabe no pretérito perfeito,

sua engrenagem vã, inconsequente,

encontre algum sonhar ainda eleito

como a terra guardando uma semente?

E depois seguiria recriando

todo um caminho, um mundo reencontrado

tanto tempo perdido na distância...

Talvez iria percorrê-lo quando

terminado o resgate do passado,

da vida e sua rara rutilância...

16 de junho de 2014.

Fagner Roberto Sitta da Silva
Enviado por Fagner Roberto Sitta da Silva em 17/06/2014
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