É noite de repente...
É noite de repente... Já nem sei
Se a vi chegar, ou vinha adormecido,
Ou hipnotizado e agradecido
Com os beijos teus, que em sonho já provei...
À solidão da noite me entreguei
E fiz-me hipócrita ao ter escondido
De mim e de você o amor sentido
Que em cada amanhecer eu me calei...
E não falei de mim... - Talvez não creias
Que o sangue que desliza em minhas veias
E intenso faz pulsar meu coração,
É o mesmo amargo fel que me envenena
E em noites de saudades me condena,
Aos poucos, me matando de paixão!