É noite de repente...

É noite de repente... Já nem sei

Se a vi chegar, ou vinha adormecido,

Ou hipnotizado e agradecido

Com os beijos teus, que em sonho já provei...

À solidão da noite me entreguei

E fiz-me hipócrita ao ter escondido

De mim e de você o amor sentido

Que em cada amanhecer eu me calei...

E não falei de mim... - Talvez não creias

Que o sangue que desliza em minhas veias

E intenso faz pulsar meu coração,

É o mesmo amargo fel que me envenena

E em noites de saudades me condena,

Aos poucos, me matando de paixão!

Ciro Di Verbena
Enviado por Ciro Di Verbena em 17/06/2014
Reeditado em 30/08/2019
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