MISCELÂNEA

Fora da tampa, o meu amor por ti,

pois do comum das massas vou distante;

teu rastro eu sigo alegre, sempre adiante:

― A amar assim, jamais eu me atrevi!

E se eu passasse a régua e, num rompante,

andasse no caminho que escolhi,

ao teu redor, seria um colibri,

num voo atordoado e delirante.

Beijar-te-ia os pés, a fronte a face,

em busca da doçura que extravasa,

até fazer só minha, a tua casa.

Depois, talvez aos pés de Deus pousasse

e Lhe fizesse apenas um pedido,

que amar tivesse um tempo indefinido.

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