Constelação

Olhando a Via Láctea um dia desses,

Pouca vez eu via cheia de brilho,

Tais cintilações, pulsando num trilho,

Onde um anjo me prestigiava às vezes...

E falávamos como pai e filho,

Enquanto as estrelas como um ferrolho,

Fechava ensinamentos em meu olho,

Sem causar nenhum tipo de empecilho.

“Amai! E amando-a, terás o amor dela,

Que sobreviverá não como a vela,

Mas sim, como a própria constelação!...”

— Disse-me o anjo — e nunca mais voltou...

Desde então fui o homem que tanto amou,

A estrela única em meu coração!...

Versos decassílabos.

14 de maio de 2014.