*APELO (Écloga)
-Leva-me ó ave, além muito distante
pelo mar revolto que me apavora
sou pequenino e indefeso, amante
dos bons, e fazem caridade agora.
- Como confiar em ti feroz escorpião
que picas sem dó e rir da façanha,
não me atrevo a tamanha sanha.
-Juro-te por Deus, que grato eu ficarei
por toda eternidade o meu pedido
será lembrado até o dia do juízo.
Penalizada a ave falou com nobreza
- Sobe no pé que te levarei comigo
pousarei na outra margem, se preciso.
Que dor ingrato! Jogou-o na correnteza.
-Leva-me ó ave, além muito distante
pelo mar revolto que me apavora
sou pequenino e indefeso, amante
dos bons, e fazem caridade agora.
- Como confiar em ti feroz escorpião
que picas sem dó e rir da façanha,
não me atrevo a tamanha sanha.
-Juro-te por Deus, que grato eu ficarei
por toda eternidade o meu pedido
será lembrado até o dia do juízo.
Penalizada a ave falou com nobreza
- Sobe no pé que te levarei comigo
pousarei na outra margem, se preciso.
Que dor ingrato! Jogou-o na correnteza.