Inconformismo!
Inconformismo!
(Soneto)
Não consigo sorver tua indiferença!
Esta enorme amarugem repentina,
Que de ti despontou… vilã assassina,
Num ímpeto boçal de mal querença.
Se dizes que me gostas, tão intensa…
Porque mataste em hora vespertina,
O sentimento de ouro e brilhantina
Que se alastrava, com desdém e ofensa?
Quero-te com fulgor a mim chegar!
Serás ´inda capaz de me sentir,
Ou queres-te evadir e fraquejar?
É ver-nos teu intento, a esboroar?
Mas porque não me deixas expandir,
Mostrar-te que ´inda sabes suspirar?
André Rodrigues 12/6/2014