Fulgores
Queimo-me nas labaredas desta louca paixão,
Que lentamente me consomem, aos poucos,
Sinto meu corpo se esvanecer, fico louco,
Com tua chama, que me lambe, sem perdão.
Com mil línguas tu me envolves inteiramente,
A todo meu corpo, a cada um de meus membros,
Braços, pernas, pés, mãos, que nem mesmo lembro
De mim mesmo, torno às cinzas simplesmente.
Sofro, sim, sofro muito com este martírio
Que me afliges a cada momento, a cada instante,
Quando estamos distantes, tendo por colírio,
Para a retina que só vê teu vulto em todo lugar,
Que anseia por ter-te em seu foco, como amante,
E que se queima, de tanto e tanto te amar...
Queimo-me nas labaredas desta louca paixão,
Que lentamente me consomem, aos poucos,
Sinto meu corpo se esvanecer, fico louco,
Com tua chama, que me lambe, sem perdão.
Com mil línguas tu me envolves inteiramente,
A todo meu corpo, a cada um de meus membros,
Braços, pernas, pés, mãos, que nem mesmo lembro
De mim mesmo, torno às cinzas simplesmente.
Sofro, sim, sofro muito com este martírio
Que me afliges a cada momento, a cada instante,
Quando estamos distantes, tendo por colírio,
Para a retina que só vê teu vulto em todo lugar,
Que anseia por ter-te em seu foco, como amante,
E que se queima, de tanto e tanto te amar...