O Poeta e a Morte
Calma Noite. O eternismo ilude um crime.
Chacoalha assinaturas pelas cousas
Da morte, lã maldita, que ora pousa
na sarna, ressoando o sal sublime
Sono. festim de súditos nos vimes,
Nos membros, órgãos ocos, vagas lousas.
Na face incandescente ele repousa
A linfa e o matadouro que o imprime.
Vaia e dorme! Cubículo silente.
A morte espera a pena dos teus versos
e tu, assim vadio, assim dormente
Converge os sons dos dedos num fascínio
heroico. Teus olhares aos adversos
papéis... É vaporoso o teu domínio!