Sentidos (2)

Eu sinto! E sinto cada pelo e poro
da pele tão macia, cor morena,
que assim tateio – trêfega falena -
no pouco tempo em que esse corpo exploro;
 
eu sinto, meu amor, e mais te adoro,
o cheiro de perfume de verbena,
o teu pulsar, o sangue na safena,
bater do coração, demais sonoro.
 
Nas pontas de meus dedos de veludo,
os interstícios roço e sinto tudo,
detalhes desse corpo nu, fremente.
 
E não preciso luz para te ver,
se toco a morna tez, a percorrer
teu corpo junto ao meu, assim tão rente.

Brasília, 11 de Junho de 2014.


Absinto e Mel, página 46
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 11/06/2014
Reeditado em 27/08/2020
Código do texto: T4841683
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.