CALMAS HORAS

Reflito solitário nas calmas horas silenciosas,

acerca das almas apegadas aos restos mortais;

cuidar em confortá-las nas provações penosas,

alegra minha alma junto às lápides sepulcrais.

Quão arredias elas estão nas noites invernosas,

a vagarem tristonhas pelos cemitérios carnais;

sofrem o horror das desencarnações tenebrosas,

sentindo fome e sede nos corpos perispirituais.

Junto-me ao grupo dos socorristas abnegados,

para consolar essas almas nos umbrais infernais;

doamos-lhes os bons sentimentos fluidificados,

para que sofram menos as suas penas morais;

a alma que auxilia os seus irmãos desencarnados,

mesmo encarnada, eleva-se em bênçãos espirituais.

Adilson Fontoura
Enviado por Adilson Fontoura em 11/06/2014
Código do texto: T4840532
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.