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- Tela de Richard S. Johnson (EUA).
MINHA MUSA [505]
Coisa vã eu impor ao verso a rima;
ela flui ou não vem, já sem problema.
E também, num soneto, vão é tema
que se lhe possa armar aí por cima.
O imprevisto, deveras, é que mima
do artesão a feitura de um poema,
porque livre e no voo o estro rema,
e compõe na medida a obra prima.
Quando quero falar à minha musa,
deito simples linguagem, sem estilo,
pois a pena aquiesce e não recusa.
Linha a linha, na soma, eis-me o todo:
nunca irei te olvidar, nem por cochilo,
que tu és minha musa, e sem engodo.
Fort., 10/06/2014.
- Tela de Richard S. Johnson (EUA).
MINHA MUSA [505]
Coisa vã eu impor ao verso a rima;
ela flui ou não vem, já sem problema.
E também, num soneto, vão é tema
que se lhe possa armar aí por cima.
O imprevisto, deveras, é que mima
do artesão a feitura de um poema,
porque livre e no voo o estro rema,
e compõe na medida a obra prima.
Quando quero falar à minha musa,
deito simples linguagem, sem estilo,
pois a pena aquiesce e não recusa.
Linha a linha, na soma, eis-me o todo:
nunca irei te olvidar, nem por cochilo,
que tu és minha musa, e sem engodo.
Fort., 10/06/2014.