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MINHA MUSA [505]
 


Coisa vã eu impor ao verso a rima;
ela flui ou não vem, já sem problema.
E também, num soneto, vão é tema
que se lhe possa armar aí por cima.
 

O imprevisto, deveras, é que mima
do artesão a feitura de um poema,
porque livre e no voo o estro rema,
e compõe na medida a obra prima.
 

Quando quero falar à minha musa,
deito simples linguagem, sem estilo,
pois a pena aquiesce e não recusa.
 

Linha a linha, na soma, eis-me o todo:
nunca irei te olvidar, nem por cochilo,
que tu és minha musa, e sem engodo.

 

Fort., 10/06/2014.
Gomes da Silveira
Enviado por Gomes da Silveira em 10/06/2014
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