Confissões (58)
Edir Pina de Barros

Ser imortal? Confesso: não almejo!
E reconheço o quanto eu sou pequena,
o tempo tirará, também, de cena,
os meus sonetos que eu aqui versejo.
 
Apenas poetizar, é o que desejo,
cantar os sentimentos, minha pena
de não poder voar, não ser falena
e ir beijar-te os lábios, como ensejo.
 
A ti, ó, meu amor, eu peço apenas,
que beije os lábios meus, minhas melenas,
no derradeiro adeus, por um segundo.
 
E seja imorredoura a poesia,
que tanto adoro, tanto me extasia
e que arrefece a dor de todo mundo.
 
Brasília, 10 de Junho de 2014.
 
Versos alados, pg. 79
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 10/06/2014
Reeditado em 27/08/2020
Código do texto: T4840006
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