Que assim seja!
Que assim seja!
(Soneto)
Nem mais de cem punhais a trespassar,
Me fariam sentir o imenso corte
Deste pungir maldito… a minha sorte,
Com travo a desamor e a torturar.
É pena minha, este sabor a morte…
Este estrondo no peito a dilatar,
Que me vai carcomendo sem parar.
Aqui? Não há paixão que não se aborte!
Não há palavras certas que me curem,
Quando não há mais olhos que procurem
Os meus para sonhar, pedir carinho.
Então, que teus desvelos me descurem!
E que teus azedumes me perfurem,
Enquanto me dissolves e definho!
André Rodrigues 10/6/2014