TERNURA
Deixa que eu ilumine o teu caminho
Com a luz que vem dos maternais refolhos
Do coração, e me decai dos olhos,
Em borbotões de amor e de carinho.
Deixa pender em minhas mãos serenas,
Tua fronte torturada e consumida,
Esquece o mal que te arruinou vida,
E lembra que aqui estou, por ti apenas!
Deixa que minha ternura assim te aqueça,
E que o suor que fronte te umedeça,
Seja, por minhas mãos , logo apagado.
Deixa que eu vá vencendo o teu cansaço,
E pela vida a fora, passo a passo,
Deixa o teu coração no meu guardado.