A AUSÊNCIA DA FELICIDADE

Abro a janela para a noite calma,

E me debruço: fito o céu distante,

E a ilusão afasta num instante

A mágoa imensa que transporto n'alma.

O meu tristonho olhar vagueia à espera

Da encantada presença que o inflama...

Mas lento escoa o tempo, e a débil chama

Arrefece e a esperança degenera.

E olho a rua insípida e vazia,

Que tem um vivo tom de nostalgia,

Com esta ausência da felicidade.

E à luz dos astros que erram pelo espaço,

Meu próprio coração cerro num abraço,

Soluçando de mágoa e de saudade.

hortencia de alencar pereira lima
Enviado por hortencia de alencar pereira lima em 09/06/2014
Código do texto: T4838399
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