O sabor de teus lábios
Pudesse eu descrever neste momento,
O que sinto ao me lembrar de teus lábios,
Deles ainda sinto o sabor, doce tormento,
Que me faz tolo, ou talvez ainda mais sábio.
Como descrevê-los, neste enlevo que me extasia,
Ao lembrá-los róseos, entreabertos à procura
Do cerne de mim mesmo, da essência da poesia,
Que cresce e se inflama nesta infinda loucura.
E a variedade de cores com que se apresenta a mim,
Vezes rosado, vezes rubro, ao sabor do instante,
Pálido, hesitante ao pressentir que chegamos ao fim,
Apresso-me a beijá-los, a sugá-los, ao sentir o sabor
Que deles irradia, torno-me de novo infante,
Deles extraindo as sublimes gotas do amor.
Pudesse eu descrever neste momento,
O que sinto ao me lembrar de teus lábios,
Deles ainda sinto o sabor, doce tormento,
Que me faz tolo, ou talvez ainda mais sábio.
Como descrevê-los, neste enlevo que me extasia,
Ao lembrá-los róseos, entreabertos à procura
Do cerne de mim mesmo, da essência da poesia,
Que cresce e se inflama nesta infinda loucura.
E a variedade de cores com que se apresenta a mim,
Vezes rosado, vezes rubro, ao sabor do instante,
Pálido, hesitante ao pressentir que chegamos ao fim,
Apresso-me a beijá-los, a sugá-los, ao sentir o sabor
Que deles irradia, torno-me de novo infante,
Deles extraindo as sublimes gotas do amor.