Cidade.
Vejo na cidade a passagem dos séculos
E o desenvolvimento da era tecnológica,
Filha primeira entre a razão e a lógica,
Cria de homens maduros e incrédulos.
A retina contempla inquietos veículos.
No peito sinto as fumaças das fábricas.
Escarro no asfalto a essência da química
E vou sozinho, por entre as vielas, trêmulo.
Oh homens! Foste tu a causa da degradação
Ao erguer em nosso espaço tua construção
E matar, aos poucos, toda natureza.
Nas lógicas binarias encontraste o sofrimento.
Oh! Só te resta levar na mente o tormento.
E na alma, o vazio existencialista da pobreza.