VERSOS PERDIDOS
Odir Milanez
Criei-os com a crença de constância,
propendentes ao dom da eternidade,
regredindo a velhice até à infância,
como fossem regressos de verdade.
Pensei-os puros... Santa ignorância!
Restou-me das romanças a vontade
que lhes dava do estro a importância,
venturando do voo a liberdade!
Elevei-os da lira aos apogeus,
dei-lhes, depois, o adeus das minhas mãos
- as minhas mãos aos versos dando adeus!...
Ah, poeta do amor, quanta ilusão!
Aos pedaços os vejo. Os versos meus
perdidos da poesia pelo chão!
JPessoa/PB
07.06.2014
oklima
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Sou somente um esriba
que escuta a voz do vento
e versa versos de amor....
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