S O L E D A D E

Ah meu caro, a vida prega peças

Mal consigo pensar em meu passado

Não sei como cai nem tão depressa

Só sei que ela é a razão do triste fado

De tanto amar ceguei por Soledade

Nem sei se há outro ser de tal maldade

Dei-lhe tudo deixei-me até de lado

Na ânsia de agradá-la enfeitiçado

Quando enfim tornei do torpe pesadelo

Me vi largado e louco a falar besteira

Entendi então que o desmantelo

De mulher que amei razão da minha asneira

A cuja alma a minha se entregou sem zelo

Era a vilã cria de Américo, (in)"A Bagaceira"...

(Comentando: "O Rei que se Tornou Mendigo" de Oziris.)

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Stelo Queiroga
Enviado por Stelo Queiroga em 07/06/2014
Reeditado em 23/08/2018
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