S O L E D A D E
Ah meu caro, a vida prega peças
Mal consigo pensar em meu passado
Não sei como cai nem tão depressa
Só sei que ela é a razão do triste fado
De tanto amar ceguei por Soledade
Nem sei se há outro ser de tal maldade
Dei-lhe tudo deixei-me até de lado
Na ânsia de agradá-la enfeitiçado
Quando enfim tornei do torpe pesadelo
Me vi largado e louco a falar besteira
Entendi então que o desmantelo
De mulher que amei razão da minha asneira
A cuja alma a minha se entregou sem zelo
Era a vilã cria de Américo, (in)"A Bagaceira"...
(Comentando: "O Rei que se Tornou Mendigo" de Oziris.)
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