PRAZER COMOVENTE

A flor de cheiro tão suave que te oferto neste momento,

Já venho colhendo-a no jardim silvestre do teu coração;

E a minha vontade agora, amor, é só nutrir-me, no vento

Que amacia os nossos corpos amorosos, de tua emoção

Tão sentimental; fluindo como um rio em amável sustento

De nossa união afetiva, cujas águas doces, numa sedução

Amorosa, nos banham com pétalas cheirosas; o nosso alento

Íntimo, tão unitivo, é como seiva de flor, cheio de adoração.

Flui, por entre a relva fresca, o gozo delicioso do nosso amor,

Perfumando a amena manhã com o nosso prazer comovente,

Quando o vento ainda nos envolve com o cheiro suave da flor.

Porém, o próprio vento agora refresca o nosso amoroso calor,

Antes que nos banhemos no rio das águas mansas cristalinas,

Na quietude bucólica da manhã de excelsas claridades divinas.

Adilson Fontoura
Enviado por Adilson Fontoura em 07/06/2014
Código do texto: T4835586
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