Soneto da intenção
Soneto da intenção
ó inútil oxigênio em toda fartura
Se no seio sôfrego habita a amargura
O desdém,ingratidão do mundo e mesmice
Nas cadeias rochosas hei ser artífice
ó altitude andina de apelo sensorial
Entre brumas o arquejo súbito
Narinas rubras num domingo quaresmal
Ode aos glóbulos vermelhos em conflito
Oh belas montanhas a dá-me o degredo
Meus pulmões alheio ao ar rarefeito
Aos menos distante do soturno leito
Lá no cume fenece o social medo
Ode o silêncio da celeste atmosfera
Enleva-me o âmago.Saúda a nova era!
05.06.2014