Mausoléu
Deparo-me a este mausoléu terrível
A que meu ser deplora, e já esmorece...
E eis que em sombras me aparece
A Morte com sua face horrível.
E horrenda me brada co’um tom incrível:
(_ “Ó vil mortal, que em vão padece,
Adormece ó desgraçado, adormece
Em paz com teu mal irreversível”)!
E eu de pasmado àquilo vendo,
De mortais visões desfaleço
Ao pé da Morte, com seu dom horrendo:
Mas eis que por meu indestrutível Fado,
Da tórrida Morte me despeço
E consisto a penar por desgraçado.