Soneto de vida em morte
Ouça o nome que chamo em pranto
Seu nome, o único nome que lembro.
Não fale, se agora te causo espanto
Ao me ver assim, se antes me viu crescendo.
Sinta aos poucos minha respiração
Agora está mais ofegante,
Esses suspiros não vão em vão
Respiro você nos meus últimos instantes.
Oferta-me um abraço, abraço terno e forte
Ouça agora esses gritos
Gritos vividos de morte.
Não fuja, nessa estrada só há partida
Espere ao menos que chegue a hora
Espere que de mim despida-se a vida.