AMANHÃ...

Deslizam pelo céu as andorinhas,

Que vão à imensidão do azul profundo,

Ali, perto da noite que caminha,

Bem lenta sobre os arcos deste mundo...

São tantas que meus olhos contemplados,

Insistem acompanhá-las lá, sozinhas,

No alto, já bem longe, nos bordados,

Da noite que se ostenta de estrelinhas...

E vão-se pela noite escurecida

Por cima do mar grande, em partida,

E já não mais as vejo em revoada...

Mas, sei que amanhã cedo com esperanças,

As aves que admiro em ledas danças

Retornam ao meu olhar pela alvorada!

Arão Filho

São Luís-MA, 04.06.2014