Procelosa Eufonia
Quanto à dor irremissível...
A minha mão ressequia
No esculpir minha voz cível,
Em procelosa eufonia.
Vozes de mim ladainham
A exaustivos recitais,
Para que sejas só minha:
O meu poema e nada mais.
Quando do amor impossível,
Olhos do poeta teimam
Em querer molhar de ardor:
Sua alma em papel invisível!
Triste dos que assim amam,
Mui felizes com o amor.