' A porta do barraco era sem trinco,
Mas a lua furando nosso zinco,
Salpícava de estrelas nosso chão"
Silvio Caldas e Orestes Barbosa
Minha vida, como na bela canção,
Também já foi um palco iluminado.
Onde atuei vestido de cor e ilusão,
Fazendo figa para nunca ser vaiado.
A fantasia para mim era esperança,
Meu sorriso não era de falsa alegria.
A felicidade era algo que se alcança,
No caminhar constante de cada dia.
Veio a noite e com ela a escuridão,
E a beleza, com a luz se evaporou,
Tal neblina que o sol vem dissolver.
E se já houve estrelas no meu chão,
A mão da sorte há muito as apagou
E outra mão não consegue acender.