Fugere urbem
Quando é que nos sentiremos seguros,
Vivendo nas tais conturbadas cidades,
Que apenas levam para todas as idades
O convívio com o mal e ódio tão puros!
Que adianta exibirmos tantas vaidades,
Se por dentro estamos muito impuros,
Nos escondendo por dentro de muros,
Porque não há limites para maldades.
Aqui e agora é que vivemos os erros,
Não há mais solidariedade nem pena,
Estamos nos tornando seres de ferros.
Devíamos viver uma vida mais serena,
Infelizmente, somos iguais a bezerros,
Seguimos cegos para morrer na arena.