O EXPRESSO HORROR

No horizonte da aurora cintilante

Esvoaça a história em vácuo já liberto

E o vazio arrepiante do deserto

Ferra de amor mortal e rasurante.

E pelo expresso horror dilacerante,

A tênue visão sopra mais no aperto,

Que o tempo me estipula pelo incerto

Amor que se dispersa a cada instante.

Pois em alma se expressa a juventude,

E do agreste pensar atina o peso

De talvez eu puder mais do que pude;

Porque o meu lume brando em fogo aceso

Peca por ser pequeno em atitude,

Já que precisa tanto de ser coeso!

Angelo Augusto

Ângelo Augusto
Enviado por Ângelo Augusto em 02/06/2014
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