O EXPRESSO HORROR
No horizonte da aurora cintilante
Esvoaça a história em vácuo já liberto
E o vazio arrepiante do deserto
Ferra de amor mortal e rasurante.
E pelo expresso horror dilacerante,
A tênue visão sopra mais no aperto,
Que o tempo me estipula pelo incerto
Amor que se dispersa a cada instante.
Pois em alma se expressa a juventude,
E do agreste pensar atina o peso
De talvez eu puder mais do que pude;
Porque o meu lume brando em fogo aceso
Peca por ser pequeno em atitude,
Já que precisa tanto de ser coeso!
Angelo Augusto