A MORALIDADE

O vácuo transversal do rasurante e esparso

Furacão que semeia o trunfo alicerçado,

Augura-se envolvente no abismo acabado

E no semblante duro de um pequeno tarso.

No espaço anunciante e na forma que o garço,

E rígido instrutório faz de inusitado,

As madeiras de corpo estático e afamado,

Que as energias geram o vício de Março!

O arfar do tempo súbito que nas palmeiras

Fustiga intensamente sem dó nem piedade,

Refuta o derramado sangue das poeiras!

Entre o lascivo vento que o infinito invade

O proscrito e sagrado perdoar das freiras,

No desejo promíscuo do cínico abade.

Ângelo Augusto
Enviado por Ângelo Augusto em 01/06/2014
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