DOM POÉTICO
Às vezes penso que a minha poesia desce dos céus;
Chegando-me suave pelas vozes dos anjos celestiais;
Decerto a sua elaboração provém primeiro de Deus;
Para depois alojar-se em meus recônditos espirituais.
Ouço, em qualquer momento de inspiração, os sinais
Poéticos, que muito sensibilizam os descrentes ateus;
Quando a componho sinto-me viajar por túneis astrais
Luminosos, de onde tiro o seu lirismo oriundo de Deus.
Mas a minha poesia pertence também ao ilustre leitor,
Que já aprendeu a admirá-la em toda sua simplicidade;
Ditoso é todo artista que exerce a sua arte com amor;
A conserva em si, hoje, amanhã, e por toda eternidade.
Deus me doou o mérito de exercer tão agradável labor,
Que compartilho com o leitor numa feliz cumplicidade!