DOM POÉTICO

Às vezes penso que a minha poesia desce dos céus;

Chegando-me suave pelas vozes dos anjos celestiais;

Decerto a sua elaboração provém primeiro de Deus;

Para depois alojar-se em meus recônditos espirituais.

Ouço, em qualquer momento de inspiração, os sinais

Poéticos, que muito sensibilizam os descrentes ateus;

Quando a componho sinto-me viajar por túneis astrais

Luminosos, de onde tiro o seu lirismo oriundo de Deus.

Mas a minha poesia pertence também ao ilustre leitor,

Que já aprendeu a admirá-la em toda sua simplicidade;

Ditoso é todo artista que exerce a sua arte com amor;

A conserva em si, hoje, amanhã, e por toda eternidade.

Deus me doou o mérito de exercer tão agradável labor,

Que compartilho com o leitor numa feliz cumplicidade!

Adilson Fontoura
Enviado por Adilson Fontoura em 01/06/2014
Código do texto: T4827812
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