Vida sangrenta
 
Num rijo inverno, de frias noites,
triste do coitado que nada tem,
que bem sente, todos os açoites,
inda mais sendo visto com desdém...

 
Na calçada, à espera de um pão,
um cobertor e, junto, a esperança.
Desta vida, quem lhe dará a mão?
No seu coração, não há vingança...

 
Se, nós falamos sempre em paz,
esbanjando a fé, até em demasia,
doar-se por inteiro, quem é capaz?

 
Não vemos quem vive na tormenta,
estando num mundo de fantasia,
sem perceber essa vida sangrenta...


 M@riet@ Belo Genofre – 24/07/2013


 
Marieta Belo Genofre
Enviado por Marieta Belo Genofre em 31/05/2014
Reeditado em 01/06/2014
Código do texto: T4827573
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.