SONETO PARA UMA DEUSA I
para {lua nova} de Tai-Pan
Quando tu passas por aqui despida
Como uma deusa a encantar meu peito
Buscando abrigo em meu modesto leito
És uma estrela a mim concebida
És poesia clara e florescida
És rima rica de sutil efeito
És mansa nuvem num dia perfeito
És luz do sol me clareando a vida
As aves cantam e abrem-te caminhos
Para que passes por sob seus ninhos
E a doce relva verde da campina
Nas mornas tardes dos meses de abril
E primaveras quentes do Brasil
Embalam tua alma de menina.