Retrato Frágil
Ouço a canção d'uma alma que chora,
Sinto uma dor, sangrando o coração...
Ela ficou só, quando ele foi embora,
Transformando a luz em escuridão.
Nos olhos, lágrima quente, não demora...
Rola na face caindo no chão,
E sua dor explode peito afora
Ajoelhada em prece e oração.
Vejo um anel jogado perto de mim,
No meu relógio tic-tac... Contratempo,
Desafinado, o violão descansa...
Seu relacionamento chega ao fim,
Retrato frágil, impresso no tempo...
Um erro, delineado na lembrança.